segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Vale a pena ver de novo - Jeitosinha em: Bye bye Ets (Cap. XVII)

Capítulo XVII - Bye bye Ets


- O que você andou fazendo a tarde inteira? Perguntou um dos membros da equipe ao chefe da expedição, um cientista brilhante em seu mundo.
- Nada demais... Encontrei os restos de um humano esquartejado e, só para me distrair, o trouxe de volta à vida... Disse, apontando uma figura no canto do laboratório.
Toda a tecnologia dos homenzinhos verdes não foi suficiente para impedir que, visualmente, o resultado final ficasse sofrível.
Mas era possível reconhecer, naquele homem repleto de cicatrizes, as feições de Ambrósio.
- Ele recuperou a memória e a razão?
- Está um pouco confuso ainda... Disse o cientista.
- Talvez nunca volte a ser o que era antes, mas foi divertido brincar de Deus e inverter a ordem natural das coisas, antes de deixar definitivamente este mundinho atrasado. Sabe-se lá o que este monstro fará nesta sua volta à vida...
A nave deixa o homem a beira da estrada deserta e levanta vôo rumo ao infinito.
Não muito longe dali um cabisbaixo Bruno faz seu caminho de volta para casa, ainda entorpecido pela descoberta de que sua doce Jeitosinha era uma garota de programa. Como se não bastasse, sentia a confusão mental causada pela percepção de que sua experiência com o travesti no Bordel foi totalmente inconclusiva. Até o momento em que Jeitosinha interrompeu o ato sexual, ainda não havia encontrado prazer. Mas era difícil saber como a coisa iria terminar.
Bruno não tinha pressa para chegar a lugar nenhum. Precisava pensar e, talvez involuntariamente, acabou passando em frente à casa de Jeitosinha. Sentiu um nó no coração ao ver a janela do quarto da moça. Saudades de um passado perfeito e uma profunda revolta por sentir que um futuro feliz havia sido abortado.
- Bruno?
Por um momento pensou ser Jeitosinha, mas a voz que vinha da varanda escura da casa era mais grave.
- Adenair?
- Sim...
Disse o suave irmão da loira, aproximando-se.
- Você não parece bem... Quer conversar?
Bruno encarou Adenair. Ele nunca havia percebido o quanto o rapaz se parecia com Jeitosinha!
- Não creio que você possa me ajudar...
- Talvez eu possa... Respondeu o moço, com a voz tremula de emoção e desejo.

Será que Bruno e Adenair... hummm... Será?
E Ambrósio? Vai querer vingança? Não deixe de ler o próximo capítulo!
Será que Bruno e Adenair são...

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

A vantagem das telas de LEDs

Alguns dias atrás fui até a FNAC e me deparei com uma TV Gigante de LED, foi amor a primeira vista, estava rodando um Blue Ray com uma qualidade incrível. Essa nova tecnologia acena com telas maiores, mais brilhantes e que poderão ser instaladas como painéis em qualquer superfície, serem dobradas e produzirem até mesmo telas semitransparentes para instalação em janelas e vitrines de lojas.


Orgânico vs inorgânico

Os LEDs orgânicos surgiram prometendo superar rapidamente os LEDs tradicionais, principalmente pela possibilidade de sua fabricação rápida em larga escala, onde a deposição dos materiais emissores de luz é feita sobre um material plástico utilizando um processo similar à impressão jato de tinta.

Mas nem bem as telas com LEDs orgânicos (OLEDs) começaram a chegar ao mercado, equipando equipamentos portáteis, e os LEDs inorgânicos tradicionais - aqueles com os quais já estamos acostumados e que equipam virtualmente todos os equipamentos eletrônicos - resolveram dar a volta por cima.

A equipe do professor John Rogers, da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, desenvolveu um processo para criar LEDs inorgânicos minúsculos e ultrafinos e que podem ser fabricados em conjunto em larga escala.

Vantagens dos LEDs e dos OLEDs

"Nosso objetivo é casar algumas das vantagens da tecnologia dos LEDs inorgânicos com a escalabilidade, a facilidade de fabricação e a resolução dos LEDs orgânicos," diz Rogers.

Em relação aos LEDs orgânicos - que levam carbono em sua composição - as vantagens dos LEDs tradicionais - feitos com semicondutores inorgânicos, sem carbono em sua composição - é a maior vida útil, maior robustez e confiabilidade e, principalmente, um brilho superior.

Mas os LEDs orgânicos têm suas vantagens, entre elas a fabricação em substratos flexíveis e em conjuntos densos e interconectados, o que torna possível sua instalação em superfícies irregulares, na forma de tetos ou paredes totalmente iluminadas e até mesmo em janelas semitransparentes.

LEDs ultrafinos

A nova tecnologia utiliza um processo chamado crescimento epitaxial, gerando LEDs com dimensões até 100 vezes menores do que era possível até agora. Os pesquisadores também desenvolveram um processo de montagem para dispor os novos LEDs na forma de grandes conjuntos interconectados sobre substratos flexíveis e dobráveis.

"O processo de estampagem é uma alternativa muito mais rápida do que o processo robótico padrão de 'pegar e colocar' usado na manipulação dos LEDs inorgânicos, que são essencialmente construídos um a um," explica Rogers. "O novo processo pode retirar grandes quantidades de LED minúsculos e finos da pastilha de silício de uma só vez, e então imprimi-los sobre um substrato plástico."

Como, no segundo passo do processo, os LEDs podem ser colocados distanciados uns dos outros, os painéis e telas podem ser quase transparentes. As pequenas dimensões dos LEDs permitem o uso de conexões impressas para interligá-los e alimentá-los, em vez dos fios, que são mais grossos e não se adaptam à flexibilidade necessária.

Novas aplicações dos LEDs

Além da iluminação de estado sólido, substituindo as atuais lâmpadas, painéis de instrumentos e telas e monitores, as folhas flexíveis e dobráveis de LEDs impressos têm uso potencial no setor de saúde.

"Enrolar uma folha de minúsculos LEDs ao redor de um membro ou de todo o corpo humano oferece possibilidades interessantes em biomedicina e biotecnologia," diz Rogers, "incluindo aplicações no monitoramento das funções vitais, diagnóstico e imageamento.

Com a chegada ao mercado das primeiras TVs de LEDs, ultrafinas, a nova tecnologia acena também com telas ainda maiores, mais brilhantes e que poderão ser instaladas como painéis em qualquer superfície, serem dobradas e produzirem até mesmo telas semitransparentes para instalação em janelas e vitrines de lojas.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Vale a pena ver de novo - Jeitosinha em: A Grande Surpresa (Cap. XVI)

Capítulo XVI - A Grande Surpresa

Bruno havia bebido a tarde inteira, buscando no álcool a coragem necessária para por a prova sua masculinidade. Por isso mesmo, a imagem de Jeitosinha, naquele bordel de luxo, observando-o em pleno ato de amor com um travesti, pareceu uma alucinação ou um sonho.
- Amor... Não é nada disso que você está pensando! Disse o rapaz, sem muita inspiração.
Depois, recuperando a sobriedade, foi tomado por um tipo diferente de perplexidade.
- Mas... Espera aí... O que você está fazendo aqui? Perguntou Bruno à sua amada, enquanto a prostituta, prevendo o barraco, saia de fininho.
Cheia de revolta, Jeitosinha disse a primeira coisa que lhe ocorreu para ferir Bruno:
- O que lhe parece? Pelo visto você prefere as morenas... Mas, nós as loiras somos boas demais na arte de enlouquecer os homens...
- Não pode ser, meu amor... Diga que é um sonho... Belisca-me para eu sentir dor e acordar!
- Depois do que eu vi pela fresta da porta, tem certeza de que não tem nada doendo aí? Alfinetou jeitosinha, cheia de ironia.
- Não! Você não! Não pode ser! Não pode ser!
Bruno puxava os próprios cabelos com violência e rolava pelo chão num desespero patético.
Jeitosinha apenas jogou os cabelos longos para o lado, com aquele gesto superior com que as loiras costumam descartar os simples mortais, e retirou-se do ambiente. Seu coração por dentro estava em frangalhos, mas o que Bruno viu foi à imagem de uma mulher fria.
Com passos precisos e a elegância de um modelo, Jeitosinha atravessou o corredor e voltou ao escritório de Madame Mary. Lá dentro, tombou de joelhos e começou a chorar.
- Não pode ser, Madame Mary... Meu amado Bruno... Um homem tão puro e íntegro... Aqui! Com aquela... Aquela...
A certeza de que não era tão diferente da exótica morena impedia Jeitosinha de achar a palavra certa.
- Os homens são todos iguais, minha criança.
Disse Mary, acariciando a loira.
- Uns animais capazes de qualquer coisa por um momento de luxúria. Eles nunca saberão o que é o amor verdadeiro. É justamente isso que torna tão fascinante a nossa arte de sedução...
Jeitosinha levantou os olhos e, agarrando-se as pernas da misteriosa mulher, implorou:
- Ajude-me, Madame! Ajude-me a ser como você!
- Claro, querida... Claro...
Madame Mary sabia que tinha nas mãos um diamante em estado bruto. Um diamante pronto para ser lapidado na dor de um coração partido.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Intrumentos com a boca?

Final de semana passou muito rápido, e foi bem agitado. Acabei indo no Hopi-Hari com os amigos. Dividimos em 2 carros as mulheres em um carro e nós os machos em outro para podermos ir ouvindo Heavy metal alto, já elas devem ter ido com o som desligado para poderem fofocar. Bom, mas voltando, meu amigo me mostrou a banda alemã Van Canto, muito bacana. Achei inovador a idéia de usarem somente a bateria de intrumento. Do resto eles fazem tudo com a boca mesmo. São 6 vocais fazendo desde Guitarras, baixo, orquestra... enfim tudo com a boca mesmo. A qualidade é espetacular. Segue um videozinho abaixo que capturei do Youtube mesmo.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

História do Rock - Anos 70

Anos 70: Punk-rock e discotecas

Globos de espelhos se confrontam com o rock progressivo e os anarquistas


Nos anos 70, o rock é dividido em dois segmentos principais: os sons pesados e rebeldes, contra as inovações dançantes da disco music, que começava a se aproximar das guitarras - posteriormente criaria a new-wave, em 80.

Neste primeiro grupo, nasce o obscuro heavy-metal, inaugurado por bandas cultuadas até hoje, como Judas Priest e Black Sabbath (foto), que se desvencilhavam do clima hippie com melodias pesadas e letras assustadoras focadas em demônios, maldição ou composições contestadoras.

A música punk, nascida em Nova Iorque, logo viria a integrar esta parcela revolucionária, porém de execução simples. De origem operária e suburbana, os grupos demonstravam seu ódio contra o sistema e a classe bem-remunerada. Bandas como Sex Pistols (foto), que difamaram a rainha; e os Ramones, que criaram um estilo de três acordes (notas musicais) – acelerados, violentos, com duração miníma.

Ao mesmo tempo, nas pistas, outro estilo musical desponta com os sucessos de figuras como Elton John e David Bowie (foto), e as casas noturnas são equipadas com globos de espelhos, que se espalham rapidamente pelo planeta. Era a fase da moda disco, que depois se afastaria definitivamente do rock.

O rock progressivo também veio à tona e deixou de queixo caído aqueles que estavam acostumados a ouvir música nos padrões e tempos tradicionais - Pink Floyd, Genesis e Yes criaram composições experimentais e extremamente elaboradas, fazendo viagens sonoras com suas músicas que duravam mais de dez minutos.

Rebeldia no Jeans

Longe do consumismo da década passada, os jovens dos anos 70 deixaram os cabelos crescerem. Janis Joplin e Jimmi Hendrix selecionaram os brechós, assumindo o estilo hippie. Chapéus desabados, veludos, cetins e estolas de pluma faziam parte do vestuário.

A ideologia “paz e amor”, da década passada, permanecia no pensamento dos jovens, assim como as calças boca-de-sino, que continuavam com força total, porém mais coloridas.

Depois, chegou o tempo de usar óculos redondos, alfinetes, patches, jeans rasgados, jaquetas com rebites e coturnos. As mulheres usavam saias de cigano, batas indianas, estampas psicodélicas, tie-die e florais, que se misturavam com o tradicional jeans.

A moda era ter criatividade, sem gastar muito. Colares de miçangas e bijuterias étnicas, calças de cintura baixa com cintos largos ou de penduricalhos, roupas artesanais, materiais naturais e tinturas caseiras.

Além das bolsas de crochê com alças a tiracolo. E claro, as saudosas e revitalizadas botas de camurça e sandálias de plataforma, que foram reutilizadas na moda atual.

No Brasil

No Brasil, o baiano Raul Seixas (foto), misturando esoterismo e pura provocação, conquista os jovens com seu estilo debochado. Enquanto isso, Rita Lee cria a banda Tutti Frutti e se torna a grande dama do rock nacional. Os Secos & Molhados adaptaram o estilo glitter rock de Bowie à música folclórica, criando também um sucesso nunca visto antes.

O hard-rock e o progressivo também ganharam força em nossas fronteiras, com os músicos Arnaldo Baptista e Sérgio Dias e suas respectivas bandas. O pré-punk aparecia em 77, com o Joelho de Porco e suas sátiras.

Nesta década, o fim dos Beatles foi emblemático e ajudou na transição entre o rock básico de letras simples para o mais complexo, com melhores instrumentos, apoio de orquestras (como no caso do Deep Purple), e muitos sintetizadores, usados na criação dos sons eletrônicos.

AC/DC, Iron Maiden, o novo ska do The Clash (foto) e o Queen faziam sucesso entre a juventude que já estava saturada da febre dance.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Vale a pena ver de novo - Jeitosinha em: O Jubílo de Jeitosinha (Cap. XV)

Capítulo XV - O júbilo de Jeitosinha

O júbilo de Jeitosinha durou pouco. Se num primeiro momento a idéia de ter salvado a humanidade era alentadora, horas depois o que a fantástica experiência lhe causava era mais revolta e dor. De que adiantava ter salvado o mundo, se não obteria pelo seu ato qualquer tipo de reconhecimento? Para o restante da humanidade, ela continuava sendo aquele ser anacrônico, discriminado por fugir dos padrões.
Só uma pessoa na cidade estava se sentindo mais angustiado: Bruno. Num bairro distante, trancado em seu apartamento, o pobre rapaz refletia sobre a grande (bota grande nisso) emoção que sentiu em sua primeira noite de amor com Jeitosinha.
-"Será que eu gostei porque era a minha amada?" Perguntava-se.
-"Ou será que tamanho prazer adveio do fato de que tratava-se de um homem? Sou hetero ou gay?"
- Quem é você? Gritou Bruno angustiado, olhando sua imagem no espelho.
Sentia-se sujo. Seus desejos o incomodavam, como se ele tivesse experimentado a fruta do pecado. Mas sabia que Jeitosinha era uma vítima, como ele. Ele podia entender que a namorada era um modelo de virtude e pureza, e que seu gesto, ao seduzi-lo, era apenas uma grande manifestação de amor!
Por um momento, olhou para o problema sob outra perspectiva, muito menos dramática:
- “Sim, Jeitosinha é pura. É a minha Jeitosinha. Em nome desta pureza vale a pena continuar com ela!”.
Concluiu.
- “Se ela fosse um travesti vulgar... Mas não! Ela foi criada como uma mulher, sob rígidos padrões morais!”
Quem sabe se eles ainda pudessem ter uma vida junta, mantendo a condição de Jeitosinha em segredo?
Num fragmento de sonho, Bruno se viu casado com ela, vivendo grandes noites de amor e criando duas crianças adotadas, Cléverson Luís e Suelen Aparecida, como se fossem seus filhos biológicos. Pensou em procurar a sua doce amada naquele mesmo momento e propor a realização do casamento, tão desejado em tempos menos complicados. Mas antes precisava enfrentar seu próprio demônio interior. Precisava saber se o que sentiu naquela noite mágica foi amor ou pura volúpia. Precisava, enfim, fazer amor com outro travesti e colocar-se a prova!
Bruno resolveu que aquela noite iria a um bordel atrás de respostas. Iria buscar reviver, com uma vulgar criatura da noite, emoções tão... Hã... Grandes quanto a que viveu com sua inocente Jeitosinha.

Mal poderia imaginar a grande surpresa que o esperava...
Confira no próximo capítulo!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Expedição parte em busca de "Ilha de Lixo" no Pacífico


Uma equipe de cientistas e ambientalistas parte neste final de semana da cidade de São Francisco, nos Estados Unidos, em busca do que alguns chamam de "A Ilha do Lixo" - um redemoinho de lixo no Oceano Pacífico formado por mais de seis milhões de toneladas de plástico.

A "ilha" também recebe outros nomes, como "Mancha de Lixo do Pacífico Norte" e "Pacific Vortex." Ela flutua à deriva entre a Califórnia, nos Estados Unidos, e o Japão.

Lixo flutuante

O redemoinho foi descoberto em 1997 pelo oceanógrafo Charles Moore. Ele ignorou os alertas de não passar pela região, onde faltam ventos e correntes, e acabou descobrindo o acumulado de lixo.

Durante a viagem, o oceanógrafo encontrou pedaços de garrafas, sacos plásticos, seringas e uma variedade enorme de outros objetos de plástico em vários estados de conservação, já que, devido à ação do sol e dos ventos, o material se desintegra em fragmentos pequenos que flutuam durante anos, obedecendo às correntes marítimas.

O plástico tem origem na atividade no continente, principalmente nas áreas costeiras. O material também chega ao oceano por meio dos rios. Os ventos e as correntes empurram o plástico até o redemoinho no Pacífico Norte.

A desintegração do plástico em partículas microscópicas, algumas infinitamente menores do que um grão de areia, faz com que esta mancha, cujo tamanho é duas vezes maior que a superfície do Estado americano do Texas, seja quase impossível de ser localizada com radares ou tecnologia de satélite.

Sopa plástica

Ao sair em busca do redemoinho a equipe de cientistas e ambientalistas do Projeto Kasei desafia problemas como a localização imprecisa e a decisão do que fazer quando finalmente ficarem frente a frente com esta gigantesca coleção de lixo.

A expedição visa estudar a composição desta "sopa plástica" (outro apelido que recebeu a "ilha"), o nível tóxico de seus componentes, seu efeito sobre a vida marinha e seu papel na cadeia alimentar.

O líder do projeto, Doug Woodring, explicou à que o mais difícil será coletar amostras sem capturar espécies marinhas.

"Teremos que utilizar tecnologias diferentes, dependendo do volume de resíduos por quilômetros quadrado. Também contamos com redes de tamanhos diferentes", afirmou.

"A ideia é, primeiro analisar do que se trata e, depois, discutir a melhor maneira de lidar com ela (a "ilha de lixo")", acrescentou Woodring, que acredita que uma alternativa seria "transformar o lixo em diesel combustível".

Água de ninguém

Apesar de a "ilha" ter sido descoberta há mais de uma década, ninguém até o momento tomou medidas para resolver o problema. Para Woodring, no entanto, este fato não é surpreendente.

"O problema principal é que (a "ilha de lixo") está em águas internacionais. Ninguém passa pelo local, não está nas principais rotas comerciais, não está sob nenhuma jurisdição e o público não sabe de sua existência", afirmou.

"Por isso, nenhum governo é pressionado, nenhuma instituição é pressionada a resolver este problema. É um pouco parecido com o que acontece com o lixo espacial", acrescentou.

Plástico na cadeia alimentar

Apesar de este gigantesco depósito de lixo estar a uma distância relativamente "cômoda", as consequências de sua existência afetam a todos.

Os peixes pequenos, por exemplo, confundem as partículas plásticas com alimentos. Muitos morrem depois de ingerir estes fragmentos, que também agem como esponjas, absorvendo substâncias tóxicas e metais pesados.

Mas, outros peixes sobrevivem e, quando são ingeridos por animais maiores, transformam o plástico em parte da cadeia alimentar.

Dois barcos participam da expedição, o Kaisei (foto ao lado) feito com garrafas PET e o New Horizon, e eles voltarão à costa dentro de um mês. Quem quiser acompanhar as descobertas realizadas durante a expedição pode acessar a página do projeto na internet em www.projectkaisei.org.


Fonte BBC Brasil

 

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