quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Vale a pena ver de novo - Jeitosinha em: Troca de sexo pelo SUS? (Cap. XX)

Capítulo XX - Troca de sexo pelo SUS?
 
A casa de Jeitosinha era um cenário de tempos estranhos. O desaparecimento do pai parecia preocupar sua mãe e irmãos, mas a loira quase perfeita tinha outras atribulações.
Quem havia escondido o corpo de Ambrósio e apagado as pistas do assassinato? Quem havia telefonado a Marilena, fazendo-se passar pelo morto?
Jeitosinha não havia se esquecido de sua vingança. Aliás, também incluíra Arlindo na lista de desafetos. Mas o desfecho insólito de seu primeiro crime acabara inibindo-a. Era preciso esperar o momento certo. A prioridade era entender tudo aquilo. E, como se não bastassem tantas reviravoltas do destino, havia a decepção com Bruno, a descoberta da própria sexualidade, os encantos misteriosos da casa de Madame Mary...
Enquanto Adenair procurava, no maior hospital público da cidade, o médico indicado por dona Nair, Jeitosinha voltava ao bordel para uma reunião com a nova patroa.
Madame Mary fez uma longa explanação sobre a arte do prazer, uma espécie de preparação teórica para o que viria depois.
A expectativa de colocar em prática aquela técnica apurada excitava Jeitosinha. Ao término do encontro, encaminhava-se para a porta de saída quando sentiu dedos suaves tocando seu ombro.
- Oi. Você é nova por aqui? Perguntou uma linda ruiva de sorriso sedutor.
- Sim...
Respondeu, timidamente.
- Mas ainda não estou trabalhando...
- Ah... É a nova pupila de Madame Mary... Está gostando da preparação?
- Bem...
Disse Jeitosinha.
- É tudo muito excitante, mas não vejo a hora de entrar em ação.
A ruiva apertou suavemente a cintura da loira e, olhando no fundo dos olhos de Jeitosinha, propôs:
- Talvez possamos começar agora...
A resposta teve uma ponta de ironia:
- Cuidado, querida. Você pode se surpreender com o que vai encontrar...
- Eu adoro surpresa! Emendou a ruiva, já puxando Jeitosinha pela mão até um quarto próximo.
A poucos quilômetros dali, um médico de barba por fazer e jaleco puído conversava com Adenair.
- Bom você sabe que o SUS não cobre este tipo de operação. Mas posso dizer no prontuário, que se trata de uma extração de apêndice. Aliás, não deixa de ser verdade... Disse o homem, rindo de sua própria piada.
- Eu nem sei como lhe agradecer...
- Tudo bem... Eu jamais teria aprendido obstetrícia sem a ajuda de dona Nair. Será uma forma de retribuir o favor.
A operação de mudança de sexo foi marcada para o dia seguinte e Adenair voltou para casa em passos lépidos.
No bordel, Jeitosinha, vivia mais uma forte emoção, sua primeira vez com uma mulher. E deliciava-se com a descoberta das inúmeras possibilidades de interação entre o côncavo e o convexo tantas vezes cantados pelo Rei Roberto...

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Suco verde ou suco do Hulk


Verão chegando, voce aí suando em sua casa procurando algo gelado pra tomar. Pois bem, essa receita foi uma dica de uma amiga a muito tempo atrás, com apenas um limão, umas folhas de hortelã e e umas folhas de Erva cidreira voce pode preparar um ótimo suco verde, sem nome mas vamos chamar de suco do Hulk.
Ingredientes para um litro e meio de suco:
1 limão cortado em 4 partes com casca
3 folhas de Hortelã
6 ou 7 folhas de Erva Cidreira
6 colheres de sopa de açúcar
1300ml de água de preferência gelada
Gelo a gosto

Preparando:
Coloque tudo no liguidificador e ligue por 10 segundos.
Obs: Não deixe ligado por mais que 10 segundos.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Música de Sexta - Mungo Jerry

In the Summertime de Mungo Jerry é uma antiga música em homenagem ao verão que está demorando pra chegar. Mungo Jerry é uma banda que foi fundada por Ray Dorset (aquele do cabelão estranho) que era e ainda é o vocalista e guitarrista. O primeiro sucesso mundial foi In the Summertime. Seguiram-se outros (Lady Rose, Alright, Alright, Alright, Baby Jump) e outros. Cantavam uma espécie de música regional e adotaram outros ritmos como rock e blues.
 

  
Para quem quiser fazer o download do álbum: Mungo Jerry


quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Residências mais Sustentáveis

Residência mais Sustentável

Como tudo hoje gira em torno da sustentabilidade, nossas casas não poderiam ficar de fora.
Aqui em Limeira, (minha terra natal) há vários projetos de bairros com casas sustentáveis. Em um bairro em particular, me chamou a atenção pelo aspecto em que tudo é aproveitado, desde o forro que são usados embalagens da TetraPak, o sistema doméstico de tratamento de esgoto para reutilizar a água a fins não potável, o reaproveitamento da água de chuva que são utilizados coletores de água e os aquecedores solares artesanais são as principais características dessas residências. Mas o melhor, é que o custo final não passa a de uma casa popular comum.




Coletores de água de chuva de baixo custo

Existem vários sistemas de coletores de água de Chuva, alguns sistemas são muito caros, como aqueles que o reservatório aterrado. Já este modelo de coletor da foto ao lado cuja patente não existe, foi exposto na feira Sustentar 2008, realizada em Campinas-SP, junto ao protótipo de uma casa sustentável e já vem sendo feito de maneira artesanal e aplicado em diversas Edificações. Este tipo de coletor é instalado diretamente no final da calha. Como ele fica próximo ao chão. Não tem pressão suficiente por exemplo para usar a mangueira longa para lavar o carro. Mas vai bem quando não exige distâncias longas como por exemplo para regar o jardim. O coletor da foto ao lado foi feito por Júlio Vallin, que ultiliza 3 desses em sua residência e tem uma economia de até 15% nos períodos chuvosos.

Materiais para fazer um coletor:
1 Tubo PVC 250mm ou mais X mais ou menos 1,00m
2 tampoes para isolar as saídas de água
1 torneira de jardinagem
1 cotovelo para usar de ladrão
1 tela de mosquiteiro e velcro para fazer o filtro

Sistema de aquecimento solar de água de baixo custo para habitações

Esses tipos de aquecedores não são tão eficientes quando comparados aos aquecedores convencionais, mas são bem mais baratos já que são feito de maneira artesanal e agregam grande valor de conhecimento para o usuário do produto. Dentre as várias maneiras de montar esses tipos de aquecedores, os mais vistos no Brasil se diferem pelo tipo de material utilizado na placa coletora que são os de PVC, mangueira de PEAD e de garrafa Pet.



O ASBC (aquecedor solar de baixo custo) denominado por esta sigla, foi desenvolvido pela Sociedade do Sol, localizada no CIETEC (Centro Incubador de Empresas Tecnológicas da USP), que tem como principal objetivo a disseminação da tecnologia que permite a montagem e a instalação de um sistema de aquecimento solar de baixo custo para as casas das comunidades mais carentes. O material predominante da placa coletora e da tubulação é a o PVC.

Apostilas são disponibilizadas para download na internet pelo site Sociedade do Sol com instruções detalhadas do material necessário e os procedimentos de montagem do KIT. O material pode ser encontrado nas lojas de materiais de construção e a montagem pode ser feita por qualquer pessoa.
O Programa ainda contga commateriais didáticos para professores de ensino fundamental e médio. Os professores, por meio de atividades escolares, direcionam a aquisição de conhecimentos e melhoram as atitudes e o comportamento de seus alunos tornando-os cidadãos conscientes, críticos e atuantes. A meta do programa é aumentar a cada ano o número de coletores em todo o Brasil  e diminuir cada vez mais o uso do Chuveiro Elétrico.

A contrução sustentável deverá melhorar muito a qualidade de vida dos habitantes da cidade, mas para isso é necessário haver um amplo programa de eduação ambiental para o grande público, informando que a agenda de sustentabilidade não se limita a floresta a ao mico leão dourado. Afinal, sem uma demanda consistente de mercado, estas novas propostas não se consolidarão. Esta é, certamente, uma tarefa para toda uma geração de profissionais.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Música de sexta - Zebra


Assim como a Mara do Blog pintando música, estarei postando de vez em quando sobre bandas de qualidade porém pouco conhecidas com as músicas difíceis de encontrar. A banda desta sexta-feira foi um trio que fazia o mais puro hard rock com pitadas de progressivo com o nome de Zebra. Não vá imaginar que era algo como o RUSH, pois existe uma grande distância entre a sonoridade das suas bandas. O Zebra, apesar de também ter um vocalista com um timbre bem agudo, não fazia músicas de 10 minutos.
A banda se formou em 1975 em Nova Orleans, com Randy Jackson (vocais e guitarra), Felix Hanneman (baixo e teclado) e Guy Celso (bateria).
Durante a década de 70, a banda suou no underground, fazendo shows na sua terra e nos estados vizinhos. Vez por outra gravavam uma demo tape, mas isso não rendia muito.
Com a entrada dos anos 80, a sorte resolveu sorrir para a banda, e a Atlantic Records se interessou por suas demo-tapes. O produtor Jack Douglas foi contratado para produzir o debut da banda, e sabiamente o produtor redirecionou o seu som e a sua postura para a nova tendência que surgia, o Hard Californiano.
O álbum “Zebra” (83) se tornou um récorde para a gravadora Atlantic, pois foi o lançamento que mais rápido alcançou premiações. Na estréia o disco já estava na 29º posição da Billboard. Embalados pelo hit “Tell Me What You Want”, o Zebra começou a fazer shows “Sold-out” na terra do Tio Sam.

Apesar do sucesso, a banda não era levada a sério. Os que conheciam a banda desde o início estavam desapontados com a nova linha que estavam seguindo.
“No Tellin Lies” saiu em 84 e parecia uma continuação do disco de estréia. Não causou o mesmo impacto, mas manteve a banda na mídia, apesar da crítica não gostar.
A banda deu uma parada e retornou aos estúdios de onde só sairiam em 86 com o disco “3V”. O álbum foi a rendenção, pois a banda mostrou todo seu potencial no material contido. Apesar de tudo, o público já não os queria e o álbum fracassou comercialmente.
A Atlantic já demonstrava que não mais tinha interesse na banda, e eles também não insistiram. Em 1990, um disco ao vivo ainda foi jogado na praça, talvez em respeito aos (poucos) fãs que a banda havia conseguido.

As I Said Before

Cada integrante seguiu seu caminho. Randy foi tocar no China Rain e em seguida no Jefferson Airplane. Os outros dois se juntaram em um disco batizado de Rock Candy.
Em 97 a banda se juntou para uma turnê de reunião, ao mesmo tempo que a gravadora soltava a compilação ”The Best Of Zebra: In Black And White”.
Um novo álbum só sairia em 2003, com o título de “Zebra IV”, e novamente a banda ficou no anonimato.
O insucesso do Zebra talvez seja em razão deles terem começado em um estilo e de terem caído para outro em busca de notoriedade, isso desapontou os admiradores que haviam conseguido em sua fase “Underground”. A banda não emplacou em meio ao hard californiano, pois o público sabia que eles não faziam parte daquele meio e apesar do bom som que faziam, estavam lá apenas para aproveitar a onda.

Segue o link abaixo para dowload do CD


quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Vale a pena ver de novo - Jeitosinha em: São ou não são? (Cap. XIX)

Capítulo XIX - São ou não são?

 - Bruno, eu sempre te amei...
A declaração de Adenair, um desabafo cuspido pelo seu coração angustiado, deixou o sofrido namorado de Jeitosinha perplexo.
- Não, Adenair... Não é possível! Você é...
Como completar a frase? O que era Adenair? O que era Jeitosinha? Quem era ele? Quantas certezas jogadas fora! Quanta boiolice* repentina, transformando sua vida num filme de Almodóvar!
- Durante muito tempo sofri em silêncio. Achei que nunca teria coragem de me expor. Mas desde que soube da condição de Jeitosinha, e percebendo que você ainda gosta dela, vi que por mais difícil que seja, meu sonho não é impossível. Dê-me uma chance! Você vai me amar também!
- Você não entende, Adenair? Jeitosinha é diferente! É uma mulher quase completa!
- Não tente se enganar, Bruno...
Respondeu Adenair.
- Será que no fundo do seu coração você não tinha a percepção de quem ela realmente era? Você pode afirmar com certeza que é heterossexual?
Ainda traumatizado pela experiência recente, Bruno percebeu que talvez Adenair tivesse razão. Mas ele não se sentia apto a penetrar o lodo de suas emoções. Reagiu rejeitando, com convicção a hipótese de que fosse gay.
- Sim, Adenair. Sou heterossexual. Aliás, estou farto de tanta farsa e dissimulação. Quero encontrar uma mulher de verdade, que não me surpreenda com nenhuma protuberância antinatural!
Bruno deixou para trás um Adenair magoado e arrependido. Sabia que desejava muito aquele homem, sentia-se mal por tê-lo provocado com palavras e estava disposto a qualquer sacrifício para tê-lo ao seu lado.
- “Você quer uma mulher de verdade, Bruno”? Murmurou para si mesmo, já que o homem se afastara em passos rápidos.
- “Pois eu serei uma. A mais bela, completa e exuberante que você já viu”!
Adenair dormiu pouco aquela noite. Na manhã seguinte, procurou a velha dona Nair, parteira e amiga da família. Sem constrangimento, o rapaz contou à mulher o seu drama e lhe fez um pedido inusitado:
- Preciso mudar de sexo. Preciso me tornar uma mulher. Mas não tenho dinheiro, dona Nair! Por favor, me ajude!
A velha coçou sua cabeça grisalha.
- Sei lá, menino... Nem cesariana eu consigo fazer, quanto mais extrair uma bingola.
Adenair cobriu o rosto e chorou convulsivamente.
- Mas eu conheço um médico que atende pelo SUS**...
Os olhos do rapaz subitamente brilharam de esperança:
- Me leve até ele! Leve-me até ele!


Troca de sexo pelo SUS**? Bom, não me xingue...
Não deixe de ler, mais um capítulo de sua “Jeitosinha”!

- * -  Boiolice - Paneleirice
 - ** -  SUS - Sistema Unificado de Saúde.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

A Revolução do 3D

A Era do gelo 3D e Avatar

Algum tempo atrás fui conferir a nova sala de cinema 3D do shopping Piracicaba. O filme era A Era do Gelo 3D. Achei que iria usar aqueles óculos vermelho e verde 3D anáglifos comuns no quais resultam uma sensação muito ruim, mas não, eu me enganei, logo na entrada distribuiram óculos com lentes acizentadas, já fiquei mais empolgado. Pois bem, logo no trailler de um filme 3D, já vi coisas saindo da tela e ficando a sua frente, achei o máximo, incrível, como conseguiram fazer tal efeito? Tirei o óculos e olhei para o projetor e vi que não havia um projetor, mas dois projetores, olhei para a tela sem os óculos e vi que a imagem ficava tremida, com os óculos as imagens juntavam. Foi aí que saquei o esquema, decidi pesquisar pra ver qual é e me surprendi ao saber que essa tecnologia é uma deixa para games em 3D, copa do mundo 3D, internet 3D, e um próximo filme que vai revolucionar de vez o cinema 3D, trata-se de Avatar. Uoow.

Como funciona o cinema 3D 


O esquema é simples porém só funciona quem enxerga com os 2 olhos, já que o truque é feito por que cada olho gera uma imagem 2D um pouco diferente, mas é éssa pequena diferença que nos dá a capacidade de enxergar distâncias e profundidade. É o deslocamento produzido entre a imagem do olho esquerdo e o direito que nos faz ver em 3D. Com isso, colocando 2 filmes para rodar na mesma tela (um para cada olho) e usando os óculos de policarbono com lentes polarizadas, é possível filtrar as projeções selecionando cada tipo de luz e o foco de uma das faixas do filme.
No caso de filmagens como Avatar que estréia em Dezembro, não é mais necessário gravar duas veses para fazer um efeito 3D. As filmagens usam uma nova câmera com duas lentes fixadas a seis centímetros uma da outra (a diferença simula a distância entre os dois olhos) e dois rolos de filme são usados simultaneamente.
O Projetor para as salas 3D também não são nada convencionais. Apesar de rodar 2 filmes de uma vez é usado apenas um projetor que pesa mais de uma tonelada e usa duas lâmpadas de 15.000 watts (um projetor comum usa lâmpadas entre 2.000 e 4.000 watts). A luz é tão potente que , se o equipamento estivesse instalado na Lua, seria possível observa-la aqui na Terra. O calor gerado pelas lâmpadas do projetor é capaz de queimar até madeira, por isso exige um sistema de resfriamento violento: são bombeados 1.600m³ de ar e 36 litros de água destilada por minuto.

Legendas? que nada, personagens com sotaque mesmo


Muita gente que já assistiu algum filme nesses cinemas 3D no Brasil deve ter reparado que todos os filmes são dublados. Essa é a parte ruim do cinema 3D, já que ainda não existe uma forma eficiente de legendar produções estereoscópicas. Para animações tudo bem, é até mais legal, já que são feitas ótimas dublagens, mas quero ver a hora que a maioria dos filmes forem feito para se ver em 3D. Houve muito debate sobre qual seria a melhor profundidade e posição para as letras na tela: na parte inferior como estamos acostumados? Mas aí entra o problema de desviar o foco devendo convergir a visão para ler o texto, isso cansa a vista e diminui o efeito tridimensional. Ou seja, por enquanto não tem jeito, o correto seria todo mundo aprender línguas estrangeira ou aguentar um Brad Pitt com sotaque de malandro carioca e uma Angelina Jolie que fala "Orra Meu" igual a uma paulistana.



sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Música de Sexta

 Há tempos não postava sobre novas bandas, até conhecer No and The Maybes, 3 rapazes de Copenhague - Dinamarca com o propósito de recuperar músicas do festival Eurovision. Este conjunto pop Dinarmaquês voltaram suas atenções na criação de vívidas, com músicas descontraídas inspiradas nos sons dos anos 60 e New Wave Music dos anos 80 com qualidade excelente.



Para quem quiser saber mais sobre No and The Maybes acessem o myspace do grupo:
http://www.myspace.com/noandthemaybes

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Vale a pena ver de novo - Jeitosinha em: Será que Bruno e Adenair são... (Cap. XVIII)

Capítulo XVIII - Será que Bruno e Adenair são...

Ambrósio não conseguia se lembrar exatamente quem ele era. Imagens confusas de um travesti loiro com uma moto serra lhe vinha a mente, enquanto ele reconhecia alguns trechos do caminho. Acabou chegando até a porta de sua casa, mas não teve coragem de entrar, especialmente porque não tinha a menor idéia de que lugar era aquele. Viu que dois homens jovens conversavam, sentados num banco da varanda. O dia estava quase nascendo. Do outro lado da rua, Ambrósio reconheceu algo de familiar naquele rosto. Mas quem seria? Aliás, quem seria ele mesmo?
O homem subitamente percebeu que sequer podia lembrar-se de sua própria face. Procurou algum vidro ou espelho onde pudesse se ver refletido. Numa grande e quieta poça de água, viu sua cara monstruosa. Com um grito aterrador correu rumo a um matagal próximo. Estava confuso e com medo.
Bruno e Adenair ouviram o grito, mas não deram muita importância.
- Você pode se abrir comigo, Bruno. Sei tudo a respeito de Jeitosinha.
- Tudo? Surpreendeu-se.
- Sim... Ela é uma vítima, tanto quanto você...
Pelo comentário, Bruno percebeu que talvez Adenair não soubesse que a irmã era uma prostituta.
-"Se ela conseguiu me enganar, porque não enganaria o irmão?" Perguntou-se.
Tombando diante da pressão, Bruno chorou convulsivamente. Adenair puxou-o em direção ao peito, abraçando-o e acariciando seus cabelos. Bruno pôde perceber que o toque e o suave perfume do rapaz lembravam muito os de sua irmã. Sentiu-se confortável por alguns minutos. Enxugando as lágrimas, Bruno viu bem de perto os olhos de Adenair, tão parecidos com os de Jeitosinha. Só então se deu conta de que algo estranho acontecia ali, o apoio que estava recebendo, mais físico e mudo do que um simples diálogo, não é comum entre os homens.
- Adenair, porque você me abraçou deste jeito? Perguntou, temendo resposta.
Num matagal a poucos metros, Ambrósio começava a se dar conta de quem era. Talvez por um bloqueio, causado pela morte violenta ou pelo processo utilizado para trazê-lo de volta à vida, não associava o travesti loiro a sua amada Jeitosinha. Mas já sabia que ele era o chefe daquela casa que reconhecera, e que estava deformado por alguma terrível razão, a mesma pela qual sentia-se impelido a manter-se escondido.
Na varanda da casa, Adenair começava sua revelação. Cada palavra pronunciada doía como um parto.
- Bem, Bruno... Também tenho um segredo...

Será que Bruno e Adenair... Hummm... Será?
E Ambrósio? Vai querer vingança?

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

História do Rock - Anos 80

80: Rock na TV e misturas
Surgem novas vertentes e acontece a primeira edição do Rock In Rio


Apesar de ser uma década muito criticada devido sua produção de gosto duvidoso, os anos 80 foram marcados pela convivência de vários estilos no rock e por sua popularização, graças à MTV, que começou a transmitir músicas num novo formato, o vídeo clipe.

A new-wave foi o estilo de maior sucesso, graças ao seu ritmo dançante,
bem ilustrado por bandas como Sugarcubes e B52’s (foto), ao mesmo
tempo que The Smiths, R.E.M e U2 provaram que ainda era possível fazer
canções mais puristas, compostas apenas por guitarras, baixos e baterias.



Outra faceta veio à tona, o trash metal, que ilustrava a violência e o caos
político, com os primeiros passos do Mötörhead (foto) e Venon, seguidos
por Metallica, Slayer e Anthrax. Já as baladas e acordes mais suaves
ficaram com Bon Jovi, Guns’n’Roses e White Snake.


Anos 80: Palidez e roupas desconexas

Bandas como Siouxie and Banshines e The Smiths inspiraram a nova
geração do rock. Com o som mais pesado e letras muitas vezes niilistas,
desprovida de qualquer sentido e com ânsia da democracia - um sentimento
que representava muito bem os jovens da época.

Após o sucesso comercial do punk-rock e o surgimento dos primeiros
street-punks, o caráter colorido, excêntrico e atrativo da primeira geração
dá lugar ao estilo mais monocromático, opaco e agressivo.
Como característica deste comportamento, além da influência dos músicos,
a moda foi tomada pelos coturnos, botas longas, cabelos espetados,
coloridos e uso de roupas pretas.


A maquiagem era melancólica, e deixava os rostos bem brancos e olhos
bem escuros.
O som gótico do The Cure inspirou também os cabelos arrepiados,
alfinetes, patches, lenços no pescoço ou a mostra no bolso traseiro da
calça. As calças jeans eram rasgadas ou pretas justas. O tênis era o All
Star.

Mensagens de protesto, como "no future" ("sem futuro"), ou nomes de
bandas tornaram-se comuns nas costas das jaquetas. As mulheres viraram
adeptas do básico: jeans e camiseta.
A sociedade roqueira teve uma identidade de morbidez, tristeza e amante
da noite, usavam maquiagens fortes, próprias para os períodos noturnos.


No Brasil

Por aqui, o principal ano do período foi em 85, graças a um acontecimento crucial: o Rock In Rio tornou-se o maior concerto de rock de todos os tempos. Foi um público estimado em um milhão e meio de pessoas durante os dez dias, que conferiram, ao vivo, Queen, Iron Maiden, Ozzy Osbourne, Yes, Blitz, Barão Vermelho, Lulu Santos, Paralamas do Sucesso, Kid Abelha, entre outros, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. A partir de então, o país entrou na rota das grandes turnês internacionais e a juventude passou a ter mais orgulho das produções locais. Isso porque,
conferiram as novas bandas brasileiras fazerem bonito ao lado dos ídolos estrangeiros.

Os expoentes eram, por exemplo, Ultraje a Rigor e a banda RPM (foto), que
gravou o disco “Rádio Pirata Ao Vivo” e foi recordista de vendas – de
qualquer gênero – no Brasil: somando 2,2 milhões de cópias comercializadas.





No mesmo período, o Legião Urbana lançava seu primeiro álbum, mostrando
que os ideais punks continuavam fortes, assim como nos sons dos Garotos Podres (foto), Camisa de Vênus, Ira!, Replicantes, Cólera e Plebe Rude.



Nesta época, grandes baladas surgiram e viraram ponto de encontro dos roqueiros, como o Projeto SP (já extinto), o gótico Madame Satã (foto), aberto até hoje, o eclético Café Piu Piu no tradicional bairro do Bixiga e o Circo Voador, que ainda recebe grandes apresentações no Rio de Janeiro.
 

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