quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Roda de Copenhague (Copenhage Well)

Na sequência da Conferência de Compenhague sobre as Mudanças no Clima, a COP15, o SENSEable City Lab do MIT apresentou, na última terça-feira, uma roda inteligente capaz de aumentar o desempenho dos ciclistas.
O objetivo do projeto, já batizado como Roda de Copenhague (Copenhagen Wheel, no original), é encorajar o uso da bicicleta para distâncias maiores, diminuindo a dependência de transportes movidos a combustíveis fósseis, mais poluidores.
Um dispositivo acoplado ao aro da bicicleta armazena energia que pode ser usada para ajudar ciclistas em momentos que demandam maior esforço, como a subida de ladeiras.

Um dispositivo colocado na roda da bicicleta permite o armazenamento de energia em situações em que normalmente esta seria desperdiçada – por exemplo, quando os travões são accionados.
No momento em que o ciclista sobe uma ladeira ou aumenta a velocidade, um sensor estimula o motor elétrico do veículo a aplicar um impulso extra, usando a energia que havia sido armazenada.

Além do sistema de armazenamento de energia, a roda possui outras ferramentas para agradar aos ciclistas, como sensores e ligação Bluetooth, que se conectam sem fios a um smartphone montado no guiador. Por meio de um aplicativo, o utilizador pode verificar a sua velocidade, direção e distância percorrida.
O aplicativo pode ainda configurar o quanto de energia deve ser devolvida para assistir o ciclista, monitorar as condições do tráfego e da poluição atmosférica e rastrear outros ciclistas, além de operar a própria bicicleta para alterar mudanças e travar as rodas para evitar furtos.
Todos os componentes eletrônicos necessários para seu funcionamento foram colocados dentro do dispositivo embutido no aro, próximo ao cubo, por isso não há necessidade de adicionar outros aparelhos ao quadro da bicicleta.
O peso total do dispositivo não foi divulgado, mas deve variar de acordo com o número de sensores ou o tamanho do motor – quando estiver nas lojas, o utilizador terá diversas opções de configuração.
A geração de eletricidade é exclusivamente cinética e depende das pedaladas e do aproveitamento de travagens e ladeiras. A equipe de criação elaborou um método especial que permite a instalação do mecanismo em qualquer aro, abrindo a possibilidade de adaptar a tecnologia em qualquer modelo de bicicleta já existente.



A nova roda deve chegar ao mercado dentro de um ano e será vendida por lojas online, redes de venda de produtos eletrônicos e, possivelmente, lojas de bicicletas.
Segundo o site CNET o aparelho deverá custar tanto quanto uma bicicleta eletrônica padrão, entre US$ 500 e US$ 1000.
As primeiras encomendas virão, provavelmente, da própria cidade de Copenhague, que pretende usar bicicletas como substitutas dos carros dos funcionários municipais.

Fonte : http://web.mit.edu/press/2009/copenhagen-wheel.html



quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Reparação

http://www.youtube.com/user/terranovafilmes
 
Documentário conta história de vítima da violência da guerrilha durante o
regime militar.

Pela primeira vez no Cinema Brasileiro, longa-metragem mostra histórias de
violência dos 2 lados: da repressão militar e do terrorismo de extrema
esquerda.

Reparação é o título do documentário de longa-metragem em High Definition
que conta a história de Orlando Lovecchio, vítima de um atentado a bomba
praticado pela guerrilha que lutava contra o regime militar no Brasil, em
1968. Orlando perdeu a perna no célebre atentado ao Consulado dos EUA em São
Paulo e, ainda hoje, em 2009, luta por justiça: como não é considerado uma
vítima da ditadura militar, a aposentadoria que recebe é menor que a do
autor do atentado que o vitimou e enterrou para sempre seu sonho de ser
piloto de avião. O episódio envolvendo Orlando e seus desdobramentos tem
merecido amplo e constante destaque na imprensa.
A partir deste caso, o filme provoca uma reflexão a respeito do período
militar, da violência de grupos extremistas ontem e hoje na América Latina,
da ditadura cubana que persiste até hoje com o apoio de democratas em todo o
continente, além da relação ainda conflituosa existente entre o aparelho
repressivo do Estado e os cidadãos comuns.
Com depoimentos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do historiador
Marco Antonio Villa, do jornalista Demétrio Magnolli, entre outros,
Reparação pretende iniciar uma nova discussão sobre o período militar dentro
do contexto do Cinema Brasileiro, que até hoje tem falhado por mostrar
apenas um lado dos que viveram a época, de uma forma muitas vezes
maniqueísta (como se a História pudesse ser resumida a um eterno embate do
bem contra o mal)
Em uma abordagem franca e sem amarras partidárias ou ideológicas, Reparação
comprova sua total independência ao não ter recorrido às verbas públicas
para sua realização.
Uma prova de que o Cinema Brasileiro pode suscitar o debate com qualidade
técnica e total independência estética e de pensamento.

 

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