quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Vale a pena ver de novo - Jeitosinha em: Ele Morreu? (Cap. XXIV)

Capítulo XXIV - Ele morreu?


A detetive Alessandra sentou-se no sofá que outrora estivera coberto pelo sangue de Ambrósio. Acendeu um cigarro e cruzou lentamente as pernas, numa cena que lembrava Sharon Stone em "Instinto Selvagem".
- Creio que você chegou tarde...
Apressou-se em explicar Marilena!
- Meu marido já voltou.
- Ele é o Ambrósio?
Espantou-se Alessandra, sem conseguir esconder sua expressão de asco.
- E o que ou quem fez isso a ele?
- Ainda não sabemos. Disse Arlindo.
- Com certeza foi algum acidente... Emendou Jeitosinha, um pouco nervosa.
A experiente Alessandra percebeu o ambiente pesado do lar.
- "Aqui, com certeza, se escondem grandes segredos". Pensou.
Fascinada por seu ofício, naquele momento, a bela detetive, soube que não teria sossego enquanto não desvendasse cada detalhe do que já chamava de "Caso Ambrósio".
- Conte-me, meu bom homem. Quem lhe feriu?
Ambrósio tremeu a simples lembrança de fragmentos da cena, que ele sequer conseguia verbalizar.
- Na-não me lembro. Não quero saber. Eu estou bem.
A mulher tocou Ambrósio carinhosamente.
- Procure se lembrar... Estas marcas... Foi, sem dúvida, uma arma cortante. Talvez uma lâmina grossa... Uma serra...
- Não! Ambrósio encolheu-se, em pânico, protegendo a cabeça com as mãos...
Jeitosinha sentiu um arrepio na espinha. E se o pai recobrasse a memória?
A detetive Alessandra continuou seu trabalho.
- Procure se lembrar... Uma pessoa, uma imagem...
Ambrósio subitamente silenciou-se. Com os olhos fixos na linda policial exclamou baixinho:
- Sim... Eu me lembro de algo. Sim!
- O que? O que? A excitação de Alessandra era quase sexual.
- Foi ela! Foi ela! Gritou, apontando para Jeitosinha.
- É mentira! Gritou Jeitosinha.
- Cale-se! Deixe o homem concluir seu relato! Disse a detetive.
E voltando-se para Ambrósio:
- Diga, senhor... Ela fez isso com você. E depois?
- Depois homens verdes, numa nave espacial me trouxeram de volta à vida!
A policial sorriu, constrangida, e abraçou o fragilizado Ambrósio.
- Homens verdes? É uma alucinação, sem dúvida... Por hoje é só. Mas me aguardem. Vou continuar as investigações.
Jeitosinha sentiu-se mais leve. Marilena e Arlindo olharam para o pai e para a loira, com expressões indecifráveis.
Longe dali, a primeira coisa que Bruno viu foi uma luz branca e intensa. O rosto de Jeitosinha sorria para ele, e moldurada por centenas de pênis de todos os tamanhos e formas.
- Estou no paraíso! Sussurrou.
Mas o delírio foi interrompido pela penetração contundente de uma agulha de injeção. De olhos abertos, o confuso rapaz viu um homem de roupa alva, parado ao lado da cama de hospital onde estava deitado.
- Você nasceu de novo, filho. A bala acertou de raspão a sua fronte.
- On-onde estou?
- No ambulatório de um hospital público.
Bruno percorreu o lugar com os olhos e não acreditou no que viu. Com uma touca cobrindo os cabelos, adormecida na cama ao lado, encontrava-se ninguém menos que sua amada.
- Jeitosinha! Exclamou.
- Só se for nome de guerra...
Corrigiu o médico.
- Ele chegou aqui como Adenair e agora é Adenaíra...
- Adenaíra? Espantou-se.
- Sim... Ele submeteu-se ontem a uma cirurgia para mudança de sexo. Mas talvez nunca aproveite sua nova anatomia...
- Por que doutor? Por que doutor?
O homem tomou um longo fôlego antes de explicar a Bruno o drama do ex-irmão, agora irmã, de Jeitosinha.


Gente, já pensou isso no cinema, com a Cameron Diaz de Jeitosinha?
Mais emoções e podridão no próximo capítulo da sua adorável “Jeitosinha”!

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