quarta-feira, 22 de julho de 2009

História do Rock - Anos 50


Anos 50: os primeiros passos


Uma novidade musical norte-americana criada por negros

Os primeiros passos do rock’n’roll foram dados na década de 50, quando o ritmo ainda era bastante influenciado pela sua origem; o blues. Considerado o pai do rock, Bill Haley (foto), transformou a música baseada no country, e a criou numa nova batida rítmica - rápida, acentuada e dançante.

Bill e sua banda, The Comets, foram os responsáveis pelo sucesso “Shake, Rattle and Roll”, um dos primeiros sons roqueiros a tocar nas rádios, em meados de 1954. O rei do rock, Elvis Presley surgiu no ano seguinte, e conquistou uma legião de fãs, graças ao seu rebolado revolucionário e canções que uniam diversas vertentes, como folk e rhythm & blues.

Ao mesmo tempo, Chuck Berry aparecia na paradas graças ao apelo rebelde de suas músicas, que chocavam grande parte da sociedade conservadora da época. Já o seu amigo, Little Richard (foto), era temido com seu visual afeminado. Usava maquiagem em excesso e tinha um penteado no mínimo exótico. Little foi o responsável pelo verso que viria a ser para sempre o grito de guerra mais conhecido do rock: "a wop bop a loo bop a lop bam boom”, da canção “Tutti Frutti”.


No Brasil

O marco inicial do rock brasileiro é datado de 24 de outubro de 1955, quando foi lançada, na voz de Nora Ney (foto), a música “Ronda das Horas”, uma versão de “Rock Around the Clock”, um dos primeiros sucessos do gênero, originalmente gravado por Bill Haley.

Depois do inusitado hit inaugural, os brasileiros simpatizaram com a subversiva novidade norte-americana, que começou a ser assimilada por cantores como Cauby Peixoto, que em 1957 gravou a primeira faixa tipicamente nacional dentro do gênero: “Rock and Roll em Copacabana”, do compositor Miguel Gustavo.

Uma nova juventude começou a surgir, adotando como principal lema a contestação dos padrões da época, e as primeiras “baladas” rock’n’roll se concentravam em shows regionais, bailes, e festas das rádios (o meio de comunicação mais abrangente da epóca), sendo que a moda ainda era dançar juntinho, só que com movimentos mais rápidos e ousados.

Na década de 50 nasce o imortal rock’n’roll.

Topete e muito couro

Desde que o rock surgiu, nos anos 50, além da música, a juventude também é influenciada pelo vestuário que seus ídolos usam, propondo as tendências de moda da época.

O primeiro sinônimo de moda roqueira surgiu com o motorista de caminhão Elvis Presley, que apareceu com um topete e costeletas, vestido com uma roupa de couro. Afinal, a moda da época era o couro dos pés à cabeça.

No decorrer de sua carreria, o “rei do rock” abusava do veludo e das calças boca-de-sino. A sensualidade e o estilo do cantor tomaram conta dos corações femininos e dos guarda-roupas, principalmente, masculinos.

Nas ruas, a moda de 50 foi marcada por uma juventude de cabelos armados. A maquiagem era pesada, sempre com o grosso delineador nos olhos. Os jeans bem escuros, suéteres e as saias rodadas eram peças curingas nos salões de rock. A imagem do jovem de blusão de couro e topete, em motos ou lambretas, identificava o estilo de um rebelde ingênuo e conquistador.

No final da década, as garotas bem comportadas já começavam a abandonar as saias rodadas e partiam para as calças cigarette, um prenúncio de liberdade e igualdade dos anos 60.

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