segunda-feira, 10 de agosto de 2009

História do Rock - Anos 70

Anos 70: Punk-rock e discotecas

Globos de espelhos se confrontam com o rock progressivo e os anarquistas


Nos anos 70, o rock é dividido em dois segmentos principais: os sons pesados e rebeldes, contra as inovações dançantes da disco music, que começava a se aproximar das guitarras - posteriormente criaria a new-wave, em 80.

Neste primeiro grupo, nasce o obscuro heavy-metal, inaugurado por bandas cultuadas até hoje, como Judas Priest e Black Sabbath (foto), que se desvencilhavam do clima hippie com melodias pesadas e letras assustadoras focadas em demônios, maldição ou composições contestadoras.

A música punk, nascida em Nova Iorque, logo viria a integrar esta parcela revolucionária, porém de execução simples. De origem operária e suburbana, os grupos demonstravam seu ódio contra o sistema e a classe bem-remunerada. Bandas como Sex Pistols (foto), que difamaram a rainha; e os Ramones, que criaram um estilo de três acordes (notas musicais) – acelerados, violentos, com duração miníma.

Ao mesmo tempo, nas pistas, outro estilo musical desponta com os sucessos de figuras como Elton John e David Bowie (foto), e as casas noturnas são equipadas com globos de espelhos, que se espalham rapidamente pelo planeta. Era a fase da moda disco, que depois se afastaria definitivamente do rock.

O rock progressivo também veio à tona e deixou de queixo caído aqueles que estavam acostumados a ouvir música nos padrões e tempos tradicionais - Pink Floyd, Genesis e Yes criaram composições experimentais e extremamente elaboradas, fazendo viagens sonoras com suas músicas que duravam mais de dez minutos.

Rebeldia no Jeans

Longe do consumismo da década passada, os jovens dos anos 70 deixaram os cabelos crescerem. Janis Joplin e Jimmi Hendrix selecionaram os brechós, assumindo o estilo hippie. Chapéus desabados, veludos, cetins e estolas de pluma faziam parte do vestuário.

A ideologia “paz e amor”, da década passada, permanecia no pensamento dos jovens, assim como as calças boca-de-sino, que continuavam com força total, porém mais coloridas.

Depois, chegou o tempo de usar óculos redondos, alfinetes, patches, jeans rasgados, jaquetas com rebites e coturnos. As mulheres usavam saias de cigano, batas indianas, estampas psicodélicas, tie-die e florais, que se misturavam com o tradicional jeans.

A moda era ter criatividade, sem gastar muito. Colares de miçangas e bijuterias étnicas, calças de cintura baixa com cintos largos ou de penduricalhos, roupas artesanais, materiais naturais e tinturas caseiras.

Além das bolsas de crochê com alças a tiracolo. E claro, as saudosas e revitalizadas botas de camurça e sandálias de plataforma, que foram reutilizadas na moda atual.

No Brasil

No Brasil, o baiano Raul Seixas (foto), misturando esoterismo e pura provocação, conquista os jovens com seu estilo debochado. Enquanto isso, Rita Lee cria a banda Tutti Frutti e se torna a grande dama do rock nacional. Os Secos & Molhados adaptaram o estilo glitter rock de Bowie à música folclórica, criando também um sucesso nunca visto antes.

O hard-rock e o progressivo também ganharam força em nossas fronteiras, com os músicos Arnaldo Baptista e Sérgio Dias e suas respectivas bandas. O pré-punk aparecia em 77, com o Joelho de Porco e suas sátiras.

Nesta década, o fim dos Beatles foi emblemático e ajudou na transição entre o rock básico de letras simples para o mais complexo, com melhores instrumentos, apoio de orquestras (como no caso do Deep Purple), e muitos sintetizadores, usados na criação dos sons eletrônicos.

AC/DC, Iron Maiden, o novo ska do The Clash (foto) e o Queen faziam sucesso entre a juventude que já estava saturada da febre dance.

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