segunda-feira, 7 de setembro de 2009

História do Rock - Anos 80

80: Rock na TV e misturas
Surgem novas vertentes e acontece a primeira edição do Rock In Rio


Apesar de ser uma década muito criticada devido sua produção de gosto duvidoso, os anos 80 foram marcados pela convivência de vários estilos no rock e por sua popularização, graças à MTV, que começou a transmitir músicas num novo formato, o vídeo clipe.

A new-wave foi o estilo de maior sucesso, graças ao seu ritmo dançante,
bem ilustrado por bandas como Sugarcubes e B52’s (foto), ao mesmo
tempo que The Smiths, R.E.M e U2 provaram que ainda era possível fazer
canções mais puristas, compostas apenas por guitarras, baixos e baterias.



Outra faceta veio à tona, o trash metal, que ilustrava a violência e o caos
político, com os primeiros passos do Mötörhead (foto) e Venon, seguidos
por Metallica, Slayer e Anthrax. Já as baladas e acordes mais suaves
ficaram com Bon Jovi, Guns’n’Roses e White Snake.


Anos 80: Palidez e roupas desconexas

Bandas como Siouxie and Banshines e The Smiths inspiraram a nova
geração do rock. Com o som mais pesado e letras muitas vezes niilistas,
desprovida de qualquer sentido e com ânsia da democracia - um sentimento
que representava muito bem os jovens da época.

Após o sucesso comercial do punk-rock e o surgimento dos primeiros
street-punks, o caráter colorido, excêntrico e atrativo da primeira geração
dá lugar ao estilo mais monocromático, opaco e agressivo.
Como característica deste comportamento, além da influência dos músicos,
a moda foi tomada pelos coturnos, botas longas, cabelos espetados,
coloridos e uso de roupas pretas.


A maquiagem era melancólica, e deixava os rostos bem brancos e olhos
bem escuros.
O som gótico do The Cure inspirou também os cabelos arrepiados,
alfinetes, patches, lenços no pescoço ou a mostra no bolso traseiro da
calça. As calças jeans eram rasgadas ou pretas justas. O tênis era o All
Star.

Mensagens de protesto, como "no future" ("sem futuro"), ou nomes de
bandas tornaram-se comuns nas costas das jaquetas. As mulheres viraram
adeptas do básico: jeans e camiseta.
A sociedade roqueira teve uma identidade de morbidez, tristeza e amante
da noite, usavam maquiagens fortes, próprias para os períodos noturnos.


No Brasil

Por aqui, o principal ano do período foi em 85, graças a um acontecimento crucial: o Rock In Rio tornou-se o maior concerto de rock de todos os tempos. Foi um público estimado em um milhão e meio de pessoas durante os dez dias, que conferiram, ao vivo, Queen, Iron Maiden, Ozzy Osbourne, Yes, Blitz, Barão Vermelho, Lulu Santos, Paralamas do Sucesso, Kid Abelha, entre outros, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. A partir de então, o país entrou na rota das grandes turnês internacionais e a juventude passou a ter mais orgulho das produções locais. Isso porque,
conferiram as novas bandas brasileiras fazerem bonito ao lado dos ídolos estrangeiros.

Os expoentes eram, por exemplo, Ultraje a Rigor e a banda RPM (foto), que
gravou o disco “Rádio Pirata Ao Vivo” e foi recordista de vendas – de
qualquer gênero – no Brasil: somando 2,2 milhões de cópias comercializadas.





No mesmo período, o Legião Urbana lançava seu primeiro álbum, mostrando
que os ideais punks continuavam fortes, assim como nos sons dos Garotos Podres (foto), Camisa de Vênus, Ira!, Replicantes, Cólera e Plebe Rude.



Nesta época, grandes baladas surgiram e viraram ponto de encontro dos roqueiros, como o Projeto SP (já extinto), o gótico Madame Satã (foto), aberto até hoje, o eclético Café Piu Piu no tradicional bairro do Bixiga e o Circo Voador, que ainda recebe grandes apresentações no Rio de Janeiro.

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