quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Vale a pena ver de novo: Jeitosinha em: A conversa com os pais (Cap. XXV)

Capítulo XXV - A conversa com os pais
  
- Adenaíra contraiu uma gravíssima infecção hospitalar, filho...
Bruno ficou chocado com a notícia. O Adenair que conhecera era tão alegre tão saltitante.
- “Assim, adormecido e com esta touca, é incrível a semelhança com Jeitosinha”. Pensou.
Adenaíra abriu os olhos e viu Bruno, ao seu lado, com as bandagens envolvendo a cabeça.
- O que houve, meu amor? Balbuciou.
- Nada, não se preocupe. Caí da escada. Mentiu o rapaz, numa tentativa de minimizar o sofrimento daquela recém mulher.
- E-eu... fi-fiz isso por você, Bruno. Fiz por amor. Os olhos de Adenaíra voltaram a se fechar.
- Doutor... Quais as chances? Perguntou o angustiado rapaz.
- Depende muito. Ela pode simplesmente se entregar a doença, e as chances serão mínimas. Mas se ela se apegar a algo que a faça querer viver, e se o antibiótico em estoque não for de maisena, talvez ela tenha alguma chance.
(Antes que me chamem de burro, maisena é com S mesmo. A marca daquela maisena com embalagem amarela é que é com Z).
- É uma pena... Gostaria de poder ajudar.
- Você pode!
Disse o médico.
- Ela o ama! Dê-lhe esperança! Concluiu o médico.
Bruno continuava perdidamente apaixonado por Jeitosinha. E o que é pior: por Jeitosinha completa, versão de fábrica.
- "Se Adenair soubesse que seu sacrifício ao realizar a cirurgia apenas aumentou o abismo entre nós..." Refletiu.
Mas por outro lado, tentar salvar uma vida era motivação suficiente para fazê-lo recuperar o amor pela sua própria existência, depois da grande desilusão de encontrar a amada trabalhando num bordel. Via como algo mais que uma simples coincidência o fato de que estavam juntos num mesmo ambulatório.
- Tudo bem, doutor. Eu vou ajudar! Concluiu, conformado com aquele jogo do destino.
Em sua casa, sozinho no quarto, Ambrósio tentava reorganizar suas idéias. Será que foi mesmo vítima de Jeitosinha? E os homens verdes? Novas imagens se formaram em sua mente depois do choque diante da detetive Alessandra. Lembrava-se, remotamente, de uma linda menina loira, que ele amava muito. Sim, talvez fosse Jeitosinha. Ele começava a se lembrar dela. Para preservar sua sanidade, Ambrósio estava disposto a não associar a filha àquela cena dantesca, e simplesmente esquecer o ocorrido. Mas Jeitosinha não. Aproveitando-se do fato de que estavam a sós na casa, a moça entrou no quarto dos pais para conversar com o seu deformado genitor.
- Papai...
- Je-jeitosinha?
Ambrósio ainda tinha uma ponta de medo na voz.
- De-desculpe-me pelas acusações na sala. Minha cabeça não anda boa. Disse Ambrósio.
- Engana-se, velho sórdido. Sua cabeça anda melhor do que você pensa.
Ambrósio foi tomado pelo pânico! Aquele sorriso sarcástico e cruel! Sim, não fora uma fantasia! Jeitosinha o havia mutilado com a moto serra!
- Não! Gritou o homem.
- Me deixe em paz! Socorro! Ambrósio continuava a gritar.
- Grite... Ninguém lhe ouvirá.
- Não me mate! Implorou de joelhos, abraçando os pés da loira.
- Eu não seria tão imbecil. Não agora, com aquela detetive intrometida por perto. Mas eu lhe aviso: se repetir àquelas acusações para quem quer que seja, não pensarei duas vezes antes de consumar o serviço que pensei ter finalizado.
- Sim, sim...
Disse Ambrósio, patético, entre lágrimas.
- Serei um túmulo! Mas... Por favor, me ajude. Ainda não sei se estou bem. Lembro-me de algumas imagens completamente surreais. Homens verdes e...
E...Jeitosinha sorriu maliciosamente, abriu o zíper expôs seu enorme mistério. Sim, Ambrósio. Pelo menos isto é real.
Mas que história é essa de homens verdes?
Que idiota colocaria estúpidos homens verdes em nossas vidas, tão cotidianas?
O homem sacudiu a cabeça, confuso. Jeitosinha acariciou sua cabeça, fazendo homem se encolher ainda mais.
-Vou deixar-lhe em paz por enquanto. Mas tenho um pedido, papai: você me ajudará no meu próximo plano de vingança.
 
 
Lágrimas no hospital!
Sexo e violência!
Não deixe de ler ao próximo capítulo!

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