Assim como vi no blog http://obodesalvavidas.blogspot.com/ onde sempre tem comentários da semana, fiquei com inveja e resolvi copiar essa idéia só mudando de nome para: Resumão da semana, assim ninguém pode falar que plagiei a idéia.
- Adenaíra contraiu uma gravíssima infecção hospitalar, filho... Bruno ficou chocado com a notícia. O Adenair que conhecera era tão alegre tão saltitante. - “Assim, adormecido e com esta touca, é incrível a semelhança com Jeitosinha”. Pensou. Adenaíra abriu os olhos e viu Bruno, ao seu lado, com as bandagens envolvendo a cabeça. - O que houve, meu amor? Balbuciou. - Nada, não se preocupe. Caí da escada. Mentiu o rapaz, numa tentativa de minimizar o sofrimento daquela recém mulher. - E-eu... fi-fiz isso por você, Bruno. Fiz por amor. Os olhos de Adenaíra voltaram a se fechar. - Doutor... Quais as chances? Perguntou o angustiado rapaz. - Depende muito. Ela pode simplesmente se entregar a doença, e as chances serão mínimas. Mas se ela se apegar a algo que a faça querer viver, e se o antibiótico em estoque não for de maisena, talvez ela tenha alguma chance. (Antes que me chamem de burro, maisena é com S mesmo. A marca daquela maisena com embalagem amarela é que é com Z). - É uma pena... Gostaria de poder ajudar. - Você pode! Disse o médico. - Ela o ama! Dê-lhe esperança! Concluiu o médico. Bruno continuava perdidamente apaixonado por Jeitosinha. E o que é pior: por Jeitosinha completa, versão de fábrica. - "Se Adenair soubesse que seu sacrifício ao realizar a cirurgia apenas aumentou o abismo entre nós..." Refletiu. Mas por outro lado, tentar salvar uma vida era motivação suficiente para fazê-lo recuperar o amor pela sua própria existência, depois da grande desilusão de encontrar a amada trabalhando num bordel. Via como algo mais que uma simples coincidência o fato de que estavam juntos num mesmo ambulatório. - Tudo bem, doutor. Eu vou ajudar! Concluiu, conformado com aquele jogo do destino. Em sua casa, sozinho no quarto, Ambrósio tentava reorganizar suas idéias. Será que foi mesmo vítima de Jeitosinha? E os homens verdes? Novas imagens se formaram em sua mente depois do choque diante da detetive Alessandra. Lembrava-se, remotamente, de uma linda menina loira, que ele amava muito. Sim, talvez fosse Jeitosinha. Ele começava a se lembrar dela. Para preservar sua sanidade, Ambrósio estava disposto a não associar a filha àquela cena dantesca, e simplesmente esquecer o ocorrido. Mas Jeitosinha não. Aproveitando-se do fato de que estavam a sós na casa, a moça entrou no quarto dos pais para conversar com o seu deformado genitor. - Papai... - Je-jeitosinha? Ambrósio ainda tinha uma ponta de medo na voz. - De-desculpe-me pelas acusações na sala. Minha cabeça não anda boa. Disse Ambrósio. - Engana-se, velho sórdido. Sua cabeça anda melhor do que você pensa. Ambrósio foi tomado pelo pânico! Aquele sorriso sarcástico e cruel! Sim, não fora uma fantasia! Jeitosinha o havia mutilado com a moto serra! - Não! Gritou o homem. - Me deixe em paz! Socorro! Ambrósio continuava a gritar. - Grite... Ninguém lhe ouvirá. - Não me mate! Implorou de joelhos, abraçando os pés da loira. - Eu não seria tão imbecil. Não agora, com aquela detetive intrometida por perto. Mas eu lhe aviso: se repetir àquelas acusações para quem quer que seja, não pensarei duas vezes antes de consumar o serviço que pensei ter finalizado. - Sim, sim... Disse Ambrósio, patético, entre lágrimas. - Serei um túmulo! Mas... Por favor, me ajude. Ainda não sei se estou bem. Lembro-me de algumas imagens completamente surreais. Homens verdes e... E...Jeitosinha sorriu maliciosamente, abriu o zíper expôs seu enorme mistério. Sim, Ambrósio. Pelo menos isto é real. Mas que história é essa de homens verdes? Que idiota colocaria estúpidos homens verdes em nossas vidas, tão cotidianas? O homem sacudiu a cabeça, confuso. Jeitosinha acariciou sua cabeça, fazendo homem se encolher ainda mais. -Vou deixar-lhe em paz por enquanto. Mas tenho um pedido, papai: você me ajudará no meu próximo plano de vingança. Lágrimas no hospital! Sexo e violência! Não deixe de ler ao próximo capítulo!
Faz muito tempo que não posto nada aqui no blog, muita gente achou que estou sem tempo ou focado em outras coisas, mas não, na realidade eu estava sem fazer nada mesmo, sem idéias, desatualizadíssimo e preguiçoso. Mas para este ano estabeleci várias metas, e uma delas é postar nos blogs pelo menos uma vez por semana. Claro que não é lá grande coisa já que ano passado postava todos os dias, mas para quem vai ter tempo só quando dorme acho que já é alguma coisa.
Então como diria o Silvio Santos:
Aguardem
A detetive Alessandra sentou-se no sofá que outrora estivera coberto pelo sangue de Ambrósio. Acendeu um cigarro e cruzou lentamente as pernas, numa cena que lembrava Sharon Stone em "Instinto Selvagem".
- Creio que você chegou tarde...
Apressou-se em explicar Marilena!
- Meu marido já voltou.
- Ele é o Ambrósio?
Espantou-se Alessandra, sem conseguir esconder sua expressão de asco.
- E o que ou quem fez isso a ele?
- Ainda não sabemos. Disse Arlindo.
- Com certeza foi algum acidente... Emendou Jeitosinha, um pouco nervosa.
A experiente Alessandra percebeu o ambiente pesado do lar.
- "Aqui, com certeza, se escondem grandes segredos". Pensou.
Fascinada por seu ofício, naquele momento, a bela detetive, soube que não teria sossego enquanto não desvendasse cada detalhe do que já chamava de "Caso Ambrósio".
- Conte-me, meu bom homem. Quem lhe feriu?
Ambrósio tremeu a simples lembrança de fragmentos da cena, que ele sequer conseguia verbalizar.
- Na-não me lembro. Não quero saber. Eu estou bem.
A mulher tocou Ambrósio carinhosamente.
- Procure se lembrar... Estas marcas... Foi, sem dúvida, uma arma cortante. Talvez uma lâmina grossa... Uma serra...
- Não! Ambrósio encolheu-se, em pânico, protegendo a cabeça com as mãos...
Jeitosinha sentiu um arrepio na espinha. E se o pai recobrasse a memória?
A detetive Alessandra continuou seu trabalho.
- Procure se lembrar... Uma pessoa, uma imagem...
Ambrósio subitamente silenciou-se. Com os olhos fixos na linda policial exclamou baixinho:
- Sim... Eu me lembro de algo. Sim!
- O que? O que? A excitação de Alessandra era quase sexual.
- Foi ela! Foi ela! Gritou, apontando para Jeitosinha.
- É mentira! Gritou Jeitosinha.
- Cale-se! Deixe o homem concluir seu relato! Disse a detetive.
E voltando-se para Ambrósio:
- Diga, senhor... Ela fez isso com você. E depois?
- Depois homens verdes, numa nave espacial me trouxeram de volta à vida!
A policial sorriu, constrangida, e abraçou o fragilizado Ambrósio.
- Homens verdes? É uma alucinação, sem dúvida... Por hoje é só. Mas me aguardem. Vou continuar as investigações.
Jeitosinha sentiu-se mais leve. Marilena e Arlindo olharam para o pai e para a loira, com expressões indecifráveis.
Longe dali, a primeira coisa que Bruno viu foi uma luz branca e intensa. O rosto de Jeitosinha sorria para ele, e moldurada por centenas de pênis de todos os tamanhos e formas.
- Estou no paraíso! Sussurrou.
Mas o delírio foi interrompido pela penetração contundente de uma agulha de injeção. De olhos abertos, o confuso rapaz viu um homem de roupa alva, parado ao lado da cama de hospital onde estava deitado.
- Você nasceu de novo, filho. A bala acertou de raspão a sua fronte.
- On-onde estou?
- No ambulatório de um hospital público.
Bruno percorreu o lugar com os olhos e não acreditou no que viu. Com uma touca cobrindo os cabelos, adormecida na cama ao lado, encontrava-se ninguém menos que sua amada.
- Jeitosinha! Exclamou.
- Só se for nome de guerra...
Corrigiu o médico.
- Ele chegou aqui como Adenair e agora é Adenaíra...
- Adenaíra? Espantou-se.
- Sim... Ele submeteu-se ontem a uma cirurgia para mudança de sexo. Mas talvez nunca aproveite sua nova anatomia...
- Por que doutor? Por que doutor?
O homem tomou um longo fôlego antes de explicar a Bruno o drama do ex-irmão, agora irmã, de Jeitosinha.
Gente, já pensou isso no cinema, com a Cameron Diaz de Jeitosinha?
Mais emoções e podridão no próximo capítulo da sua adorável “Jeitosinha”!
Pessoas que passam muito tempo na frente de computadores podem estar sofrendo de Síndrome de Visão de Computador (CVS, em inglês), cujos sintomas são queimação, olhos secos e cansados, dores de cabeça e no pescoço e visão embaçada. A CVS é normalmente conhecida como cansaço visual ou eyestrain, um mal causado por excessivo uso de monitores, iluminação de má qualidade e outros fatores do ambiente. Desconforto físico persistente é outro sintoma.
De acordo com a Clínica Mayo, a CVS acontece pelo longo tempo passado pelos usuários em frente ao computador. Entretanto, existem alguns hábitos que podem aliviar a rotina de estresse visual. Confira 22 dicas do site The Lighting Blog:
1. O usuário deve ficar alguns minutos longe do computador e fora da mesa de trabalho, se possível, a cada hora.
2. Caso não possa deixar a mesa, é recomendável inclinar-se para trás, fechar os olhos e relaxar por alguns minutos. 3. Sugere-se separar trabalhos auxiliares para realizar durante estas pausas. 4. São muito proveitosos exercícios de alongamento com movimentos próprios para execução em ambiente de escritório, recomendados pela Clínica Mayo (atalho tinyurl.com/2wdwst ). 5. Iluminações e brilhos que emanam de trás do monitor entram em contato direto com os olhos. Se houver opção, o mais recomendável é usar lâmpadas de mesa que fiquem em qualquer dos lados da área de trabalho. O monitor produz sua própria luz, de modo que o usuário apenas necessita ajustar a luz indireta ao redor de si. 6. Caso o local de trabalho seja próximo a uma janela por onde entre muito sol, é conveniente ajustar cortinas ou persianas para que as luzes não interfiram diretamente no monitor. 7. Evitar trabalhar em locais demasiado escuros, pois o monitor parecerá um farol no meio da escuridão. Os olhos terão de fazer força para enxergá-lo, por conta do contraste entre a ausência e a presença de luz intensa ao mesmo tempo. Se não há maneira de evitar, deve-se diminuir a luminosidade da tela. Isso permitirá um razoável conforto, mas, mesmo assim, em determinado momento os olhos vão se irritar. 8. Caso o usuário pretenda realmente se livrar do cansaço visual e necessite de luzes apropriadas para sua casa ou local de trabalho, existem lojas especializadas em iluminação de alta qualidade que podem se adequar ao padrão de cada um. 9. Plantas naturais no local de trabalho não só tornam os espaços mais úmidos, como também reduzem a poeira e outras partículas que poderiam irritar os olhos. 10. Alguns produtos naturais também podem ser úteis para aliviar olhos secos, que são uma das maiores reclamações entre usuários de computadores. 11. Monitores CRT convencionais (de tubo de imagem) podem ter sua intensidade regulada para reduzir o cansaço visual. Além disso, a taxa de "refresh" pode ser ajustada, melhorando a qualidade de vídeo e o conforto visual. 12. Modelos de tela plana valem o investimento, pois oferecem visualização melhor que as telas curvas. Além de maior qualidade visual, os monitores CRT de tela plana oferecem melhores taxas de refresh, além de ajustes mais ricos de contraste e cor. Muitos escritórios vêm optando por telas LCD por razões ergonômicas e de economia de energia. O mais importante é que a resolução da tela de LCD também reduz o cansaço visual. 13. Vale a pena investir em um laptop. Os modelos variam de 10 a 19 polegadas, possuem boa definição gráfica, cores profundas, contraste e várias formatações ajustáveis. É preciso comparar e determinar qual o que melhor se encaixa às necessidades e ao orçamento de cada usuário. 14. É necessário configurar adequadamente os elementos gráficos do computador para maximizar o conforto visual. Configurações são totalmente subjetivas e, por isso, laptops podem requerer freqüentes ajustes dependendo da luz e de outras variáveis do ambiente em que se encontram. 15. Tamanhos de fonte também podem ser ajustados para facilitar a leitura. Caso seja necessário se inclinar em direção à tela para ler o texto, é melhor aumentar um pouco o tamanho das letras. De acordo com a Clínica Mayo (atalho tinyurl.com/yp5uqh) "fontes pequenas podem causar aumento de pressão e de estresse visual". 16. Optometristas recomendam que o monitor esteja a uma distância entre 50 e 70 cm dos olhos, aproximadamente à distância de um braço esticado. 17. Filtros e escudos antibrilho para monitores podem ser de vidro óptico ou polarizado, servindo para telas CRT, telas planas ou laptops. Pode-se ainda optar por coberturas anti-estáticas, que repelem poeira. 18. Pessoas que trabalham com entrada de dados e assistentes administrativos usualmente convertem dados de documentos para bancos de dados eletrônicos. Recomenda-se a estes profissionais o uso de braçadeiras mecânicas para segurar o documento que está sendo digitado, mantendo-o a uma distância dos olhos igual à que separa os olhos do monitor, pois isso causará menor cansaço visual. 19. Programadores trabalham intensamente com linguagens de computador em que, às vezes, são utilizados muitos símbolos com configurações visuais complicadas. Em casos assim, é preferível que se utilize fontes simples, tais como Courier e New Courier. 20. Diretores de arte e webdesigners precisam de maiores resoluções gráficas de monitor para seus trabalhos. Devem, portanto, ajustar a configuração de vídeo para aliviar seus olhos. Usuários de Windows com monitor LCD, devem habilitar o ClearType, ferramenta para melhoria na resolução da imagem. O site de de suporte da Microsoft traz instruções sobre como aprimorar as fontes de tela, no atalho tinyurl.com/yvzb29. 21. É importante fazer exames de vista regulares. De acordo com a Associação Norte-Americana de Optometria, adultos com mais de 40 anos deveriam fazer exames a cada três anos. De 40 a 60, a cada dois; e com mais de 60, a cada ano. Se o usuário tiver tendência a apresentar problemas de vista, ou se trabalhar com uma demanda diária muito pesada, então deveria fazer exames mais regularmente. 22. Outra opção são óculos de descanso para uso enquanto se trabalha no computador. São uma boa alternativa para atenuar o cansaço visual, mas seu uso é individual e requer recomendação médica.
As informações são do site The Lighting Blog e estão disponíveis através do atalho tinyurl.com/3b5nge
Na sequência da Conferência de Compenhague sobre as Mudanças no Clima, a COP15, o SENSEable City Lab do MIT apresentou, na última terça-feira, uma roda inteligente capaz de aumentar o desempenho dos ciclistas.
O objetivo do projeto, já batizado como Roda de Copenhague (Copenhagen Wheel, no original), é encorajar o uso da bicicleta para distâncias maiores, diminuindo a dependência de transportes movidos a combustíveis fósseis, mais poluidores.
Um dispositivo acoplado ao aro da bicicleta armazena energia que pode ser usada para ajudar ciclistas em momentos que demandam maior esforço, como a subida de ladeiras.
Um dispositivo colocado na roda da bicicleta permite o armazenamento de energia em situações em que normalmente esta seria desperdiçada – por exemplo, quando os travões são accionados.
No momento em que o ciclista sobe uma ladeira ou aumenta a velocidade, um sensor estimula o motor elétrico do veículo a aplicar um impulso extra, usando a energia que havia sido armazenada.
Além do sistema de armazenamento de energia, a roda possui outras ferramentas para agradar aos ciclistas, como sensores e ligação Bluetooth, que se conectam sem fios a um smartphone montado no guiador. Por meio de um aplicativo, o utilizador pode verificar a sua velocidade, direção e distância percorrida.
O aplicativo pode ainda configurar o quanto de energia deve ser devolvida para assistir o ciclista, monitorar as condições do tráfego e da poluição atmosférica e rastrear outros ciclistas, além de operar a própria bicicleta para alterar mudanças e travar as rodas para evitar furtos.
Todos os componentes eletrônicos necessários para seu funcionamento foram colocados dentro do dispositivo embutido no aro, próximo ao cubo, por isso não há necessidade de adicionar outros aparelhos ao quadro da bicicleta.
O peso total do dispositivo não foi divulgado, mas deve variar de acordo com o número de sensores ou o tamanho do motor – quando estiver nas lojas, o utilizador terá diversas opções de configuração.
A geração de eletricidade é exclusivamente cinética e depende das pedaladas e do aproveitamento de travagens e ladeiras. A equipe de criação elaborou um método especial que permite a instalação do mecanismo em qualquer aro, abrindo a possibilidade de adaptar a tecnologia em qualquer modelo de bicicleta já existente.
A nova roda deve chegar ao mercado dentro de um ano e será vendida por lojas online, redes de venda de produtos eletrônicos e, possivelmente, lojas de bicicletas.
Segundo o site CNET o aparelho deverá custar tanto quanto uma bicicleta eletrônica padrão, entre US$ 500 e US$ 1000.
As primeiras encomendas virão, provavelmente, da própria cidade de Copenhague, que pretende usar bicicletas como substitutas dos carros dos funcionários municipais.
Pela primeira vez no Cinema Brasileiro, longa-metragem mostra histórias de
violência dos 2 lados: da repressão militar e do terrorismo de extrema
esquerda.
Reparação é o título do documentário de longa-metragem em High Definition
que conta a história de Orlando Lovecchio, vítima de um atentado a bomba
praticado pela guerrilha que lutava contra o regime militar no Brasil, em
1968. Orlando perdeu a perna no célebre atentado ao Consulado dos EUA em São
Paulo e, ainda hoje, em 2009, luta por justiça: como não é considerado uma
vítima da ditadura militar, a aposentadoria que recebe é menor que a do
autor do atentado que o vitimou e enterrou para sempre seu sonho de ser
piloto de avião. O episódio envolvendo Orlando e seus desdobramentos tem
merecido amplo e constante destaque na imprensa.
A partir deste caso, o filme provoca uma reflexão a respeito do período
militar, da violência de grupos extremistas ontem e hoje na América Latina,
da ditadura cubana que persiste até hoje com o apoio de democratas em todo o
continente, além da relação ainda conflituosa existente entre o aparelho
repressivo do Estado e os cidadãos comuns.
Com depoimentos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do historiador
Marco Antonio Villa, do jornalista Demétrio Magnolli, entre outros,
Reparação pretende iniciar uma nova discussão sobre o período militar dentro
do contexto do Cinema Brasileiro, que até hoje tem falhado por mostrar
apenas um lado dos que viveram a época, de uma forma muitas vezes
maniqueísta (como se a História pudesse ser resumida a um eterno embate do
bem contra o mal)
Em uma abordagem franca e sem amarras partidárias ou ideológicas, Reparação
comprova sua total independência ao não ter recorrido às verbas públicas
para sua realização.
Uma prova de que o Cinema Brasileiro pode suscitar o debate com qualidade
técnica e total independência estética e de pensamento.
Por trinta segundos, que, pareceram uma eternidade, Jeitosinha e Ambrósio se encararam fixamente. Ela vinha aprendendo no bordel de Madame Mary tudo sobre a arte da dissimulação, e conseguiu camuflar o medo, a surpresa e a confusão mental que lhe causava a imagem ali na sua frente do homem que assassinara. A expressão de Ambrósio era inocente, quase infantil. O fio de baba intermitente continuava a banhar-lhe o queixo. Com sua voz pastosa, após o constrangedor silêncio, ele perguntou: - Quem é você? Jeitosinha suspirou aliviada. Continuava sem entender o que havia acontecido. As marcas de cortes no rosto e braços de Ambrósio indicavam que ela realmente o havia ferido, mas talvez não tivesse consumado o crime, pensou; talvez tenha sofrido alguma espécie de alucinação durante o ataque com a serra elétrica. Talvez Ambrósio tenha conseguido sair da casa, se arrastando. Mesmo assim, quem limpara o chão e os móveis? Nada disso era tão importante quanto o fato de que o pai, talvez pelo choque de ter sido vitimado pela própria filha, não conseguia reconhecê-la. - "Deve ser algum tipo de defesa emocional". Concluiu. Muito mais desconfortável, com a situação estava Arlindo. Seu plano de explorar a irmã se esvaziara, em parte, com a reação do pai ao vê-la. Se Ambrósio não reconhecia Jeitosinha, e havia perdido sua índole opressora, o que a irmã teria a temer? De fato, a moça não tinha mais nada a perder. Depois da decepção com seu amado Bruno, e todas as emoções que tomaram sua vida de assalto, o futuro se configurava diferente. Ela trocou olhares com Arlindo. Sorriu, superiora, e ele entendeu o recado. Jeitosinha estava livre de sua influência maligna, mas, curiosamente, não pensava em abandonar o bordel de Madame Mary. A misteriosa mulher que ela mal vira e que não poderia reconhecer sob a máscara, de alguma maneira fez com que recuperasse sua auto-estima. Na casa de encontros a aceitavam como ela era. E agora havia ainda Laura Crowford, a linda ruiva que havia despertado estranhas emoções em Jeitosinha. Ela vinha, aliás, fazendo um esforço sobre-humano para esquecer Bruno, e tentava se apegar à emoção daquela tarde de prazer como se residisse ali a sua salvação. Se Jeitosinha agora via o bordel como uma benção, isso não significava que ela perdoava Arlindo. Ao contrário, havia planejado para o irmão uma terrível vingança... Quanto aos pais, o próprio destino havia se encarregado da punição. Ambrósio era agora um ser desprezível, débil e deformado. E sua mãe, que presa a suas convenções sociais jamais encararia a separação, estava condenada a aturar aquele ser repugnante pelo resto de suas vidas. Jeitosinha estava imersa neste tipo de reflexão quando alguém bateu a porta. Arlindo foi atender e deparou-se com uma morena exuberante, de mais ou menos trinta anos. Ela tinha cabelos negros e lisos, a altura dos ombros. Os olhos de um azul cristalino contrastavam com a pele clara. Mostrando um distintivo ela se apresentou: - Sou a detetive Alessandra, da Polícia Civil. Vim investigar o desaparecimento de Ambrósio. Todos na casa inclusive, Ambrósio trocaram olhares surpresos. Do outro lado da cidade, o angustiado Bruno toma sua decisão. Virando a arma em direção à própria cabeça, ele finalmente aperta o gatilho. Ele morreu? Ele morreu? Descubra lendo mais um capítulo de “Jeitosinha”!