sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Vale a pena ver de novo - Jeitosinha em: O Jubílo de Jeitosinha (Cap. XV)

Capítulo XV - O júbilo de Jeitosinha

O júbilo de Jeitosinha durou pouco. Se num primeiro momento a idéia de ter salvado a humanidade era alentadora, horas depois o que a fantástica experiência lhe causava era mais revolta e dor. De que adiantava ter salvado o mundo, se não obteria pelo seu ato qualquer tipo de reconhecimento? Para o restante da humanidade, ela continuava sendo aquele ser anacrônico, discriminado por fugir dos padrões.
Só uma pessoa na cidade estava se sentindo mais angustiado: Bruno. Num bairro distante, trancado em seu apartamento, o pobre rapaz refletia sobre a grande (bota grande nisso) emoção que sentiu em sua primeira noite de amor com Jeitosinha.
-"Será que eu gostei porque era a minha amada?" Perguntava-se.
-"Ou será que tamanho prazer adveio do fato de que tratava-se de um homem? Sou hetero ou gay?"
- Quem é você? Gritou Bruno angustiado, olhando sua imagem no espelho.
Sentia-se sujo. Seus desejos o incomodavam, como se ele tivesse experimentado a fruta do pecado. Mas sabia que Jeitosinha era uma vítima, como ele. Ele podia entender que a namorada era um modelo de virtude e pureza, e que seu gesto, ao seduzi-lo, era apenas uma grande manifestação de amor!
Por um momento, olhou para o problema sob outra perspectiva, muito menos dramática:
- “Sim, Jeitosinha é pura. É a minha Jeitosinha. Em nome desta pureza vale a pena continuar com ela!”.
Concluiu.
- “Se ela fosse um travesti vulgar... Mas não! Ela foi criada como uma mulher, sob rígidos padrões morais!”
Quem sabe se eles ainda pudessem ter uma vida junta, mantendo a condição de Jeitosinha em segredo?
Num fragmento de sonho, Bruno se viu casado com ela, vivendo grandes noites de amor e criando duas crianças adotadas, Cléverson Luís e Suelen Aparecida, como se fossem seus filhos biológicos. Pensou em procurar a sua doce amada naquele mesmo momento e propor a realização do casamento, tão desejado em tempos menos complicados. Mas antes precisava enfrentar seu próprio demônio interior. Precisava saber se o que sentiu naquela noite mágica foi amor ou pura volúpia. Precisava, enfim, fazer amor com outro travesti e colocar-se a prova!
Bruno resolveu que aquela noite iria a um bordel atrás de respostas. Iria buscar reviver, com uma vulgar criatura da noite, emoções tão... Hã... Grandes quanto a que viveu com sua inocente Jeitosinha.

Mal poderia imaginar a grande surpresa que o esperava...
Confira no próximo capítulo!

Um comentário:

  1. Dessa vez, nem fiquei tão curiosa. Óbvio demais o que acontecerá no próximo capítulo... Bruno será abduzido por ET's tb.
    UAHUAHUAHUA

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